Festival de Vozes Cívicas engaja comunidade de Namacurra

No dia 21 de Agosto de 2024, em Namacurra, decorreu o “Festival de Vozes Cívicas” organizado pela Fundação MASC, com a necessidade de promover a modernização dos espaços cívicos e o envolvimento activo da sociedade civil na tomada de decisões em Namacurra, utilizando rádios comunitárias e artes performativas como teatro, dança e música para fomentar a participação dos cidadãos e fortalecer o engajamento cívico. O evento reuniu mais de 500 participantes, incluindo comunidades locais, líderes e representantes de diversos sectores.

O festival foi dividido em duas partes: um diálogo com artistas locais, que discutiram o papel da arte e das rádios comunitárias na promoção da participação democrática, e uma série de apresentações culturais.

A segunda parte do evento foi marcada por um vibrante festival ao ar livre, onde o público pôde desfrutar de apresentações de teatro, poesia, dança e música, com artistas locais trazendo ao palco temas de relevância social. A música, o teatro e a poesia não só entretiveram, mas também promoveram a reflexão e o diálogo sobre os direitos cívicos e a importância do envolvimento activo nas decisões comunitárias.

O evento também contou com serviços oferecidos por diferentes sectores, reforçando a colaboração entre governo, sociedade civil e cidadãos na construção de uma sociedade mais engajada.

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UE reforça diálogo político em Moçambique com apoio técnico da Fundação MASC e IMD

A União Europeia (UE) reforçou o seu envolvimento no processo político moçambicano ao confirmar, em Junho de 2025, que a Fundação Mecanismo de Apoio à Sociedade Civil (Fundação MASC) e o Instituto para Democracia Multipartidária (IMD) irão prestar assistência técnica ao Diálogo Nacional Inclusivo. O anúncio foi feito em Maputo, num encontro que reuniu a Comissão Técnica (COTE) do Diálogo Nacional Inclusivo, parceiros internacionais e organizações da sociedade civil. A medida insere-se no esforço da paz e reconciliação após a crise pós-eleitoral de 2024.O Presidente Daniel Chapo lançou oficialmente o processo no dia 10 de Setembro, no Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano (CICJC). Na ocasião, evidenciou o papel da UE e sublinhou que o diálogo deve assegurar espaço para “todas as vozes, do Rovuma ao Maputo e na diáspora”. O embaixador da UE, Antonino Maggiore, classificou a iniciativa como “uma oportunidade única” e alertou que “todos seremos responsáveis pelos resultados deste Diálogo Nacional Inclusivo, cada qual no seu papel e no seu lugar”.Conforme estabelecido pela Lei n.º 1/2025, de 11 de Abril, cabe à COTE coordenar todo o processo, sistematizar os contributos recolhidos no país e na diáspora e transformá-los em propostas a avaliar no âmbito de possíveis reformas constitucionais e de governação. O Diálogo Nacional Inclusivo decorrerá ao longo de dois anos, organizado em seis etapas que vão das audiências públicas até à submissão final das propostas legislativas à Assembleia da República. Estas fases – que incluem recolha de opiniões, análise técnica, debate público, construção de consensos, validação política e apresentação das propostas, foram definidas na metodologia apresentada pela COTE aqui.

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Fundação MASC reforça solidariedade em Maputo, com visitas a dois centros de acolhimento de crianças e jovens

A Fundação Mecanismo de Apoio à Sociedade Civil (Fundação MASC) realizou visitas a duas instituições que acolhem crianças e jovens em situação de vulnerabilidade na cidade de Maputo, a Associação Hlayiseka e a Casa Familiar Esperança, levando donativos, apoio humano e um renovado sentido de esperança para quem mais precisa.A primeira visita, no dia 13 de Novembro, foi à Associação Hlayiseka, que acolhe duas dezenas e meia de crianças. Durante a visita, o ambiente da Hlayiseka ficou colorido: jogos, sorrisos tímidos, histórias marcadas por resiliência e entrega de roupas e calçado.Entre os presentes estiveram o Director-Geral da Hlayiseka , Vicente Santos Manjaze, magistrados e técnicos de acção social, bem como representantes da Fundação MASC.Vicente Manjaze reafirmou o compromisso da associação em dotar as crianças de competências para a autonomia, oferecendo formações que incluem corte e costura, culinária, informática e noções de electricidade instaladora, serralharia e mecânica.No dia 14 de Novembro, a mesma equipa a Casa Familiar Esperança, onde vivem duas dezenas de jovens que partilham não apenas o espaço, mas também as tarefas diárias de cozinhar, limpar e organizar o centro.Durante a visita, a Fundação MASC e seus parceiros entregaram roupas, calçado e pensos reutilizáveis. A visita permitiu identificar outras áreas críticas de apoio: das cinco casas originalmente existentes no centro, apenas duas permanecem operacionais, após incêndios que destruíram as restantes. As necessidades identificadas são urgentes, nomeadamente as de “reconstrução, mobiliário e condições básicas”, explicou a directora do centro, Helena Bambo.A Técnica do Instituto Nacional de Acção Social (INAS), Célia Chilaule Cossa, resumiu a situação do centro da seguinte forma: “É tanta coisa que o centro precisa para poder progredir… Só uma dessas ajudas já seria uma mais-valia para as crianças”.Nesta semana de solidariedade, ficou evidente um ponto essencial: o futuro de dezenas de crianças e jovens depende directamente da ajuda que chega ou deixa de chegar às portas destes centros. A campanha promovida pela Fundação MASC e seus parceiros continuará a recolher donativos e mobilizar esforços para apoiar crianças, jovens, raparigas e mulheres que vivem em condições de vulnerabilidade extrema.

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COMUNICADO DE IMPRENSA: Fundação MASC anuncia nova Directora Executiva

Maputo, 27 de Outubro de 2025. O Conselho de Administração da Fundação Mecanismo de Apoio à Sociedade Civil (Fundação MASC) anuncia que Maura do Rosário Martins foi nomeada Directora Executiva da instituição, sucedendo ao Professor João Pereira. A nova Directora Executiva é gestora sénior com experiência em desenvolvimento institucional e governação local. Ao longo da sua carreira, trabalhou em programas de capacitação de organizações da sociedade civil, empoderamento económico e político de mulheres e jovens, e promoção da paz e da coesão social. Integra a equipa da Fundação MASC desde 2007, ano da sua criação, tendo desempenhado diversas funções de coordenação e gestão de programas. O Presidente do Conselho de Administração da Fundação MASC, Jorge Ferrão, afirmou que “a trajectória de Maura Martins, o seu conhecimento profundo da Fundação MASC e o seu comprometimento com a transformação social ditaram a confiança que o Conselho de Administração depositou nela ao nomeá-la para este cargo. Acreditamos que a sua experiência, energia e visão estratégica serão essenciais para consolidar os avanços da Fundação MASC e abrir novos caminhos de impacto e inovação, contribuindo para o desenvolvimento do país e bem-estar das comunidades, em particular das mais necessitadas.” Jorge Ferrão manifestou ainda um profundo apreço pelo trabalho desenvolvido pelo Professor João Pereira, tendo afirmado que “João Pereira foi uma força visionária e incansável na construção da Fundação MASC. O seu compromisso com a justiça social, a cidadania e o fortalecimento das comunidades deixou uma marca indelével na sociedade civil moçambicana. A sua decisão voluntária de deixar o cargo após quase duas décadas de liderança é um gesto de grande responsabilidade e maturidade institucional. Em nome do Conselho de Administração, expressamos a nossa sincera gratidão pelo seu legado e dedicação ao longo destes anos.” Por sua vez, a nova Directora Executiva Maura Martins afirmou “É uma honra assumir esta responsabilidade. Acredito profundamente no poder da sociedade civil como factor de mudança e estou comprometida em trabalhar com comunidades, parceiros e instituições para construir e fortalecer soluções inclusivas e sustentáveis para os desafios que enfrentamos. Expresso principalmente o meu profundo apreço pelo sólido legado e trabalho inspirador deixados pelo Professor João Pereira.” Veja o comunicado aqui.

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